sábado, 11 de agosto de 2012

MEU PRESENTE DE DIA DOS PAIS!


Dizem que não importa quantos tombos a gente leva na vida, contanto que saibamos nos levantar, sacudir a poeira, retomar forças e continuar nossa caminhada.

Dizem também que, se algo de ruim acontece, é preciso dar a volta por cima, superar os desafios, e ainda aprender com o que passou.

Mas e quando a roda da vida parece aqueles moinhos de água imensos, com seus milhares de pequenos degraus infinitos, que nos fazem ter certeza de que, embora façamos nosso máximo, é quase certo que não conseguiremos chegar ao seu topo para poder descer tranquilos até o outro lado?

E se em nosso caminho nos deparamos com um morro, tomamos coragem para escala-lo (é só um mesmo!), e quando chegamos no seu ponto mais alto, vemos que ele é só o primeiro de vários e que vamos ter que tirar – não sabemos de onde – mais disposição para poder subir e descer, subir e descer, subir e descer?

Não seria nenhum exagero falar que a vida dele foi assim, e desde muito cedo. E que, ser humano que é, desaminou muitas vezes, colocou em xeque sua fé ao ponto de brigar várias vezes com Deus, por não entender o porquê, por não saber o que fazer, pelo dar e tirar, pelo gostinho da vítoria seguido pela ultrapassagem na última curva. Quis desistir. Talvez até tenha desistido em alguns momentos. Mas herói como é, ao ver que não tinha outra escolha senão seguir, o fez com seu melhor, se reergueu, se entregou, se superou e fez de seus medos histórias pra boi dormir. Fez as pazes com Deus e com Ele conseguiu o que talvez nem ele próprio achasse que pudesse conseguir. Venceu a tudo e a todos, e ao derrotar seu maior inimigo – ele mesmo – chegou ao lugar onde sempre mereceu estar!

Hoje, os moinhos gigantes e os caminhos tortuosos, parecem minúsculos e fáceis de percorrer. Hoje, os obstáculos e barreiras parecem simples projeções de luz, ilusões de ótica, que se esfumaçam ao passarmos a mão para ver se são ou não reais. Hoje, ele pode olhar só pra frente, porque aprendeu o necessário para continuar. Hoje, se for preciso, ele pode recomeçar tudo de novo.

Hoje, não tenho mais nada a dizer, Te Amo Pai!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MEU FARDO DE CERVEJA!


Há 27 anos, Vó Maria e Vô Cidão recebiam sua primeira neta, pouco mais de 3 anos depois do meu nascimento. Imagino a alegria que tomou conta da casa e de toda a família, pois, alegria era o que não faltava para a pequena, e nunca faltou... Nem para os que a rodeavam!

Não demorou muito para a Van crescer um pouco e desde muito cedo nos presentear com suas palhaçadas, tiradas do nada, e seu sorriso estampado. Verdade que faltava uma coordenação, como ela mesma admite, o que nos rendeu muitas histórias divertidas, como a vez que ela caiu no lago de Araras.

Hoje, já não sei se posso chamar de menina ou de mulher essa morena alta, que mantém a mesma feição de pureza da época que ela queria ser a Tempestade do X-Men e fazia desfiles com as primas.

O que sei, é que me impressiono com o que ela é: sagaz, auto-crítica, bela e radiante. Uma pessoa que consegue ser ao mesmo tempo “cabeça” sem deixar de ser “cool”. Que tá ai pro que vier mesmo, e que talvez mesmo com receio, vai fazendo e acontecendo, sem muita publicidade, apesar de labutar diaramente com isso. E mais do que tudo, me adimira sua habilidade de enxergar de fora as situações que ela mesma vive e poder extrair sempre o lado positivo, e encontrar uma forma de aprender e nos ensinar que – quase sempre – as coisas não acontecem do jeito que queremos, mas elas devem ser apreciadas como são. E tudo isso sem deixar que o lado Poliana aflore. Pelo contrário, a perspicácia é tamanha que até a Poliana pagaria um pau. E quando menos esperamos, ela ainda nos presenteia com suas pérolas em almoços de família!

Amanhã vai rolar um churras e eu gostaria muito de poder agregar meu fardo de cerveja à sua festa, não só para brindarmos juntos, mas principalmente para poder lhe dar um abraço apertado de parabéns pessoalmente!

Van, nossas vidas são melhores com vc por perto! Bjos e parabéns!

domingo, 15 de julho de 2012

PAGUEI MINHA BOCA!


Sexta foi mais um daqueles dias que, primeiro me fazem pagar a boca (a vá?!), e segundo me fazem pensar um pouco, o que na lógica, me traz até vcs nesse post.

A França comemorou ontem, sábado, sua festa nacional. Acho que até os menos interessandos em História lembram que em 14 de julho de 1789 ocorreu a tomada da Bastilha. A data simboliza para os franceses o fim da monarquia absoluta e o início da República, além da união nacional. E é feriado!

Desde o começo da semana, nossos vizinhos, um casal de velhinhos muito simpáticos e solícitos - cuidaram  do Bruce enquanto visitamos Du e Gabi - falavam do evento que aconteceria na sexta-feira, dia 13, noite que precederia o famoso 14 de julho. Em uma das conversas, não sei se por não termos entendido direito ou porque eles estavam querendo tanto, ficou meio que combinado que iríamos todos juntos, 22h30, ver os fogos de artíficio no estádio da cidade.

Beleza, não dei muita importância, não tinha nada programado mesmo, mas a semana foi passando, as pessoas foram se mobilizando para se encontrarem (afinal, era sexta a noite...) e a vontade de ver fogos de artifício, que já era das menores, desapareceu. Eu só conseguia pensar “puta programa de índio...”

Pra ajudar, o dia amanheceu frio e chuvoso (em pleno verão) e assim permaneceu até a hora dos fogos (vcs já imaginam como tava a minha vontade nesse ponto). Tentei até conversar com os vizinhos: “nossa, tá chovendo né?!, vcs vão mesmo assim??”, e mais que prontamente, com sorriso no rosto: “claro! Vamos de guarda-chuva e tudo!”

Não teve como escapar. E fomos. E foi um espetáculo, com chuva e tudo. E tinha uma galeeeeeeeera no estádio. Ok, estádio de uma cidade de 5600 habitantes é pequeno. Pode até ser, mas pra vcs terem uma idéia, o complexo do estádio é bem famoso por aqui. Já abrigou equipes de outros países que vieram para as Olimpíadas (tentei procurar qual, mas a França sediou algumas já, inclusive de inverno) e o time da Croácia ficou hospedado durante a Copa de 1998 (é, aquela mesmo...).

Por isso comecei falando que paguei minha boca e pensei um pouco. Caraca, pra não escrever outra coisa... a Revolução foi em 1789. Fazendo uma conta burra e rápida, dá mais ou menos uns 230 anos. E é comemorado com emoção, distinção, patriotismo e alegria. E por todo mundo. Fiquei imaginando os fogos em Paris e ontem a noite os vi pela TV. Fantástico...

E nós? Comemoramos o quê no 7 de Setembro? Fui perguntado na sexta como era no Brasil, em pleno trabalho. Disse a verdade... “tem desfile, mas ninguém liga muito não...”. Resposta sarcástica e aguçada “vcs preferem mais é fevereiro mesmo, né?!” e concordei “com certeza”. Lembrei disso depois dos fogos. A última vez que fui a um desfile foi só pra tocar na fanfarra, há mais de 15 anos. Tava cag... e andando pro que tava sendo comemorado naquele dia. E convenhamos vai, 7 de setembro pra nós só é bom se cai de quinta ou terça pra emendar o feriado.

Mas fato é que temos muito pra comemorar! Nós só temos 500 e poucos anos de história e alcançamos um patamar político e econômico de primeiro mundo. Temos muito ainda que melhorar no social, distribuição de renda, etc. Mas poxa, os caras tão aí desde os primórdios, desde a queda do Império Romano alguns séculos depois de Cristo. Sendo bem conservador, é no mínimo 3 vezes a idade do Brasil. Ou seja, nós damos um pau nos caras, e não sabemos nem cantar o hino nacional. Enrolamos com a boca ou cantamos baixinho aquelas partes que nos confundem, quando cantamos. Aliás, por que 7 de setembro é feriado mesmo?

Não me faço de santo nesse post, não. Faço mesmo parte da maioria e fico mesmo esperando um bom churras nesse dia (aliás, isso é o que não falta, porque uma penca de gente faz aniversário no feriado). Mas ontem senti um pouco de vergonha disso. Acho que temos que exaltar tudo o que conquistamos em tão pouco tempo. Não é à toa que os nego piram quando vão pro Brasil.

Vou acabar aqui com o vídeos dos fogos, pra vcs terem uma noção de como foi. Mandem aí seus comentários e me puxem de novo pra realidade se eu tiver falando muita bobagem...

Pra quem tá com mais tempo (hoje é domingo hein, nada de Faustão...), tem um vídeo mais longo, mas vale a pena. Tem que clicar no link abaixo:


Pra quem tá com preguiça tem um vídeo mais curto:



À bientot!

sábado, 14 de julho de 2012

NADA SERIA SEM ELES!!!


O que seria da vida sem os amigos?

Não sei a de vocês, mas a minha não se resumiria a muita coisa...

Tem uma frase famosa, que sempre circula por ai, e que to com preguiça agora de procurar na net, que fala sobre as pessoas que só passam, das que passam e fazem um pit stop, e daquelas que permanecem em nossas vidas e classifica cada “grau” de amizade. Concordo em parte com essa frase, porque sinto saudade de muita gente... gente que nem imagina que sinto saudade das boas risadas que demos juntos, dos bons goles que partilhamos, das encrencas que nos metemos e assim vai. Acho que completaria a frase, falando que independente do “grau”, cada pessoa tem uma importancia ímpar quando passa por nossas vidas. Seja por um momento efêmero ou por longos anos. Depende mesmo de nós aproveitar o melhor de cada uma, com cada uma e fazer de nós o melhor também para que a outra pessoa possa aproveitar!

E eu me considero uma pessoa de sorte nesse sentido. Tive muitos amigos, de verdade, em todos os lugares que passei. E ainda tenho muitos!

E com a ajuda do cara lá de cima, aqui em Vittel não está sendo diferente!

Encontramos um povo animado, que logo nos colocou entre eles e nos apresentou pra mais gente (certo Ju?), nos trata como de casa e abre as portas pra nós (certo Eli e  Yoann?) e agora podemos nos dar ao luxo de sermos convidados para estreiar uma mini-churasqueira portátil num churras no meio de uma sala de ap (certo Jaque e Arnaud?).

A comunidade brasileira em Vittel é até que grande (sério? brasileiro nem viaja muito...) e assim é meio impossível não lembrar de casa e meio que antagonicamente não se sentir em casa! Comemos até esfirra e coxinha aqui! Caipirinha em churras também não é privilégio brasuca e de sobremesa tem brigadeiro!

E principalmente para as dúvidas dos marinheiros de primeira viagem (qual é o seu banco?, quais são as taxas?, qual seu provedor de internet?, qual seu plano?, quanto vc paga?, esse lugar é bom?, que vc acha disso?, como funciona seguro de carro?, e de casa?, que vc acha do Peugeot 307 – com direito a tradução simultânea por +/- meia hora o dia que compramos o carro, incluindo pesquisas na internet?, vc pode ir comigo no médico?, eu entedi que ele falou isso, é isso mesmo?) a galerinha tá sempre disponível (e com uma paciência enorme) para nos ajudar! E isso inclui também o Yoann e Arnaud!

E com música em homenagem às meninas de Prudente, segue um pouquinho do que já fizemos com eles aqui (e foram só 2 meses hein?!!)


Arnaud, Jaque,  Yoann, Eli, Ju, Dna Maria e cia, muito obrigado por tudo!

Não deixem de visitar o blog nos próximos dias! Posts sobre as viagens, nosso visto, e experiencias engraçadas por aqui!!!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

DEMORÔ MAI VORTEMO!!!


Oi gente!!!

Faz tanto tempo que eu não escrevo no blog!!! Pelas minhas contas, o último post foi no fim de maio!!! E aconteceu tanta coisa por aqui – e por ai também – que eu nem sei por onde começar!

Sem querer me desculpar, mas já me desculpando, a demora em contar um pouquinho do nosso dia a dia se deve ao fato que, depois de mais ou menos um mês aqui, tivemos que virar gente grande e aprender a nos virarmos sozinhos, sem os benefícios da chegada, princip

(adendo: acabamos de soltar o Bruce. Pela primeira vez ele tá sem coleira fora de casa!!!)


...continuando (rsrs) principalmente o ap mobiliado e o carro alugados pra nós e prontinhos quando chegamos.

Precisamos correr atrás de carro, casa, abrir conta em banco, TV, internet, telefone, celular, eletrodomésticos, fazer amizades, buscar o Bruce em Paris, trabalhar, fazer contas, assistir a Eurocopa, programar nossas próximas viagens, trabalhar, “tomar uma” com os amigos, mudar de ap, receber a mudança do Brasil, trabalhar, acordar de madrugada pra ver o timão campeão da Libertadores, trabalhar, comemorar 2 anos de casados (não deu tempo de fazer nada especial em abril!), visitar Du e Gabi em Londres, preparar os documentos e pegar o visto definitivo e ainda arrumar um tempinho pra... ah, vcs sabem o que a vida tem de melhor, né?! E ainda, acompanhar à distancia casamento da Dani e do Neto, casamento da Carol e do Edu, o nascimento do Arthur (lindo!!!), os aniversários de pessoas queridas (pai, mãe, tios e tias, primos, grandes amigos), casamento do Bonão, checar o andamento do aluguel do nosso ap em Sampa, conquistas de pessoas especiais (né Galli e Carol, Felipe e Diogo Albiero, Dé, etc) até o Parmera ficou campeão depois de 14 anos! E por ai vai... ufa, acho que até consegui alguns pontos por não ter escrito por tanto tempo no blog!

O primeiro passo foi abrir uma conta em banco. Diferente do Brasil, esse processo aqui não dura só um dia. As taxas variam muito de banco pra banco e tive que pesquisar bastante. Qualquer troquinho é válido, ainda mais sendo em euro, para podermos conhecer tudo por aqui.

Depois fomos atrás do nosso carro! Sem saber preços de mercado e principalmente sem entender direito como o diesel influencia tudo, gastamos um bom tempo conversando com as pessoas e pesquisando em concessionárias. A grande maioria dos carros aqui é diesel e duram beeeeem mais que no Brasil. Por exemplo, aqui, um carro começa a ficar velho depois de pelo menos uns 10 anos. No Brasil, um carro com 5 anos já é considerado velho e com certeza muito mais desgastado. Acabamos comprando um Peugeot 307, uma série especial de Rugbi (do que??? Rsrsr...) Bom, independente do esporte, ele veio com alguns acessórios bacanas:








Precisamos também alugar um ap nosso. A Manu já tava pesquisando pela internet desde que havíamos chegado, mas valem mesmo os imóveis colocados para alugar próximo à data de nossa visita para fechar o contrato. E isso foi uma saga... A visita durou um dia inteiro, sem parada para almoço, entrando e saindo de apartamento, casa, casa, apartamento e ainda falando o francês, que se agora ainda precisa melhorar muito, na época foi brabo... E a regra é clara: 1 dia de visita, uma (no máximo 2!) reservas de ap, envio de documentos e fechar o contrato, de preferencia com algum ap visitado no dia. Tirando as “bocas de lixo” visitadas, sobraram uma casa (dos sonhos!) e o ap que estamos hoje. Obviamente ficamos tentados em escolher a casa, mas depois de muito pensar, digo, calcular, resolvemos priorizar outras coisas, como viajar por aqui e acabamos fechando o ap. E ele tá de muuuito bom tamanho! Tamanho inclusive na medida pra receber visitantes, os quais esperamos com ansiedade!!! Quem se habilita?

Após a escolha do ap, tivemos que fechar contrato e fazer o seguro da casa. Como o carro, aqui não se muda sem isso. Além do inventário. Acho que tudo se passa mais ou menos como no Brasil. Tirando o fato de que aqui todos os encanamentos são para fora. Isso mesmo, vcs não leram errado, os tubos são colocados para fora das paredes e isso nos causou um pequeno transtorno de umas 2 semanas com a geladeira na sala (seria ótimo se pudessemos assistir um fut (que tal uma conquista da Libertadores??? Isso é outro post!) e tomar uma breja, mas ainda não tinhamos nem TV, internet, nem telefone! Mas ela já tá no lugar certo agora...






Aliás, como já postei no Face, usuários de Net e Sky podem ficar aliviados, porque aqui também é chato instalar essas coisas. A vantagem é que é MUITO barato, comparado com o Brasil. Temos 170 canais, acesso a internet (+ wifi sempre que disponível em estações de trem, aeroporto, etc) e o telefone, que pra mim é muito fera... podemos ligar para mais de 100 países, Br inclusive, a qualquer hora! E tudo isso pode 19,90€. Mesmo convertendo, é muito barato. Mas demorou um pouco para conseguirmos deixar tudo isso em ordem. Opinião própria, por ser tão barato, as operadoras colocam à disposição diversos planos que confundem demais a cabeça de quem está interessado em comprá-los, e ai foi mais um sábado inteiro comparando preços, tentando entender que benefícios dados por cada pacote e qual seria o tempo de instalação mais rápido. Ah, aqui quem instala é o próprio usuário, e para nooossa alegria, mudamos de endereço bem no meio da compra, o que acabou tardando ainda mais o processo...

Além do combo net + tv + telefone, temos uma geladeira e uma máquina de lavar (instalados por mim com louvor! Quem diria hein Eugênio!!!). Mas ainda falta uma lista para preencher os espaços vazios: sofá, mesa de jantar, forno/microondas são as próximas prioridades da lista. Mas tá ficando legal né?!





Claro que nem tudo tá perfeito ainda... 


Mas a vista e a parte de fora compensam tudo... 

Agora escrevo este post num banquinho de madeira, do lado da nossa janela e tenho essas vistas



E essa é a vista de dentro de casa!


Infelizmente, por ter que comprar de novo tudo isso não estamos podendo aproveitar o SOLDES. Pois é mulherada! 2x por ano , normalmente em julho e janeiro TODAS as lojas baixam seus preços e fazer compras vira uma alegria até pros marmanjos!

Bom, pra quem tá voltando a escrever depois de tanto tempo (e para quem tá lendo tbm!!!) tá bom demais.

Prometo atualizá-los com mais frequencia agora que nossa vida tá mais ajeitadinha!

O próximo post contará um pouco das grandes amizades que fizemos aqui. A comunidade brasileira de Vittel é grande, o que significa churrasco, esfirra, brigadeiro, caipirinha e muita risada garantidos!

Saudades de todos!!!
A+!

terça-feira, 22 de maio de 2012

OBRIGADO DO FUNDO DO NOSSO QUINTAL


Mais um pouco e vai clarear 
Nos encontraremos outra vez
Com certeza nada apagará
Esse brilho de vocês
O carinho dedicado a nós
Derramamos por este post (perdão Jorge Aragão!)
Cantando alegria de não estarmos sós!

A verdade é que este deveria ser um dos primeiros posts do blog. No entanto, a vontade de querer contar tudo e mostrar tudo e dividir tudo o que estamos vivendo com vcs foi maior e acabamos adiando um pouco. Mas aqui vai...

Queremos, com este singelo post, agradecer, do fundo do nosso coração, todas as pessoas que de alguma forma ou de outra, fizeram nossa vida melhor desde o momento em que compartilhamos nossa vinda pra cá. Sabemos que corremos o sério risco de esquecer alguém (e se esquecermos, por favor, comentem aqui ou no Face puxando nossa orelha...). Mas nos sentimos tão bem com tudo o que recebemos de vcs, que queremos retribuir, contando a alegria de não estarmos sós aqui...

Obrigado aos nossos pais e irmãos, os primeiros a receber a notícia e, depois de alguns segundos tentando saber se era boa ou ruim, nos apoiaram de corpo e alma. E de quebra, ainda nos ajudaram com perguntas para fazer na entrevista, o que procurar saber antes de aceitar, quais seriam as condições (estaria incluso voltar para o Brasil? Infelizmente não...). Amamos vcs demais!

Gabi e Du, por estarem longe já e terem vivenciado alguns perrengues nos deram algumas dicas valiosas. Entre elas, trazer algumas coisas de casa, para nos sentirmos em casa. Isso fez a diferença. A Gabi ainda deu uma meia pra irmã!

Dé e Neto, tiveram que conviver com a alegria – e correria do casamento – e a nossa quase que simultanea partida. Eles também emprestaram roupas e malas para nossa viagem de entrevista!

Nossas famílias, que além de ficarem chocados-felizes com a notícia, tiveram que guardar sigilo e não puderam compartilhar o feito até eu pedir as contas. Aliás, muita gente teve que fazer o mesmo!

Hugo e Karen, não só nos ajudaram a preparar para a entrevista, como nos receberam de barrigão no almoço bem gostoso para nos dar dicas do que fazer depois que a decisão tava tomada.

Aline Casagrande, gravou pra gente um CD com um filminho em francês e aproveitou pra botar um bom repertório que muitas vezes salva nossa noite aqui com a TV francesa.

Dema, me deu uma biografia ilustrada do Chico Buarque: “Para seguir minha jornada”. E começou a dedicatória... “Lucas, para seguir sua jornada... uma lembrança, pra quando sentir saudades do Brasil...” gênio...

Danilo, o Doctor, além de ter paciência para me ouvir (ou vice-versa...) me ajudou a desenvolver o pouco de francês que devagar aprendia no Brasil.

O pessoal do CDT, e agregados como Marlos e Jussara, que até o último momento desejaram sucesso e passou muita confiança e amizade.

A Mari, do AE, que nos indicou a Graça, nossa querida professora, que fez milagre em 3 meses.
Aliás, do AE tem galera que merece destaque. A Van, tomou a frente do negócio e abriu o jogo com o Dr. André. A Kássia, que emprestou livros e CDs de francês. As meninas que emprestaram roupa pra Manu viajar – a Aline até deu o casaco que a Manu trouxe na viagem da entrevista. Enfim, todos que foram ponta firme com a Manu e a incetivaram nessa jornada.

Nossas vizinhas, a Re e sua mãe Ge, que nos ajudaram demais, sempre que precisávamos viajar e deixar o Bruce, e quem gostaríamos imensamente de trazer na mala e alugar o ap do lado para ter a companhia. A Ge inclusive ajudou a descer a famosa caixa no escuro no dia da viagem, pq faltou energia no prédio.

Dito e Gaino (“Pablo e Mamma”) também tiveram que ajudar a descer as 6 malas no escuro e no muque, antes de nos levar até o aeroporto para a despedida final.

Pessoal do prédio de SP. Exemplo de gentileza, presteza e bons profissionais. Se todos os porteiros, zeladores e faxineiros fossem como eles, nossos dias seriam mais alegres e melhores!

12 irmãos (ou quase todos) e agregados que preparam a caixa, o churrasco, os emails, as palavras, os abraços e uma lista gigantescas de coisas boas para nós. Meninas, sintam-se agradecidas aqui também! Vcs nos deram muitos presentes, sem saber que os verdadeiros presentes são vcs!

Carol e Galli, que não só participaram da caixa, como também nos deram nosso primeiro presente para nosso futuro bebê (AINDA NÃO ESTAMOS GRÁVIDOS!!!). Melhor que um macacão do Corinthians – unisex – impossível... colocaram também muitas fotos de nossos grandes momentos e um lindo porta-retrato.

Camille e Baumann, que também nos deram um porta-retrato, num jantar preparado especialmente para nossa partida.

Vó Maria, Tia Lu e toda a galera Martins que preparou aquele almoço de domingo em plena segunda-feira antes da nossa viagem!

Mi e Fábio, que nos “regalaram” com um caldo de mandioquinha, também pertinho do nosso “até mais”. Tá certo que não foi sóóó pra gente, mas nos sentimos queridos!

Zoppinho, que abriu a loja de domingo para a compra das malas, teve que aguentar a família inteira dentro da loja e fazendo milhões de perguntas e ainda deu um desconto especial! E a Dé, namorada dele, que além de esperar os malas comprarem tudo o que precisavam, nos ajudou com receitas para os medicamentos de uso diário! E outras “cositas más”...

Tati e Paulinho, que gentilmente nos deram uma sagrada família onde podemos colocar a água benta, que também veio no pacote!

Tia Anamaria, que nos deu um livro para os momentos difíceis.

Tia Rita e Tio Grigo, que, como sempre, se disponibilizaram a nos levar no aeroporto!

Hugo e Julia, que estiveram vitualmente com a gente nesse período, enfrentando mais ou menos as mesmas dúvidas e alegrias, ao mesmo tempo!

Jamanta, que até o último minuto tentou se despedir pessoalmente, mas que devido à correria de mudança e da (des)organização, teve que se contentar com um telefonema.

A Má e a KK, que estiveram com a gente no quase derradeiro jantar. Jantar não, um Mc Donald’s porque o tempo e o cansaço batiam no teto. E a Má ainda entregou uma pequena carta pra Manu.

Todas as meninas da UNESP que estiveram conosco em SP para nossa despedida. Pela disponibilidade e carinho de viajarem até lá para nos abraçar pela última vez (em 2012 né?!)

Aliás, despedidas não faltaram. Obrigado a todos que nos deram aquele abraço pessoalmente!

Gaino e Susan, nossas mães queridas, que até o último fds cuidaram da roupa e comida!

Tio do Du (Airton), Brunão, Bigas, Passarini, pela consultoria no aluguel do ap.

Nassim, que dividido entre dó e caridade, aceitou trazer o Bruce pra gente. Mais uma benção de Deus na nossa vida. E o Marco, que inúmeras vezes atendeu telefonemas e foi sempre atencioso e paciente.

Todos os nossos amigos que não tiveram a oportunidade de saber a notícia contada por nós pessoalmente. Pedimos desculpas, mas tudo aconteceu em 1 mês e meio desde a chegada do visto!

Todos os que rezaram e continuam rezando! Não parem! Pensamos em vcs todos os dias!

E enfim, todos que postaram no Face, mandaram email, mensagem, telefonaram, falaram pessoalmente, nos ajudaram de alguma forma e torceram por nós!

OBRIGADO DO FUNDO DO NOSSO QUINTAL!!!!

...Mais um pouco e vai clarear
Nos encontraremos outra vez

domingo, 20 de maio de 2012

PEIXE DA MANU

Bonsoir!

Hoje nosso dia foi bem tranquilo: missa pela manhã em Contréxeville, arrumada básica na casa, um pouco de estudo de francês, uma cochilada a tarde (pra tirar a nhaca, que tava grande hoje viu). Contréxeville é uma outra cidadezinha aqui perto e como todas as cidades são muito pequenas aqui por perto, e são MUITO perto uma da outra (tipo 8 minutos de centro a centro), as missas são organizadas em cada cidade nos diferentes fins de semana do mês.

Também matamos a saudade da família com o Skype. Aliás, como eu postei no Face, o cara que inventou esse "tar" de Skype conheceu meu vô Cidão, que falava sempre "Quem inventou a distância, não conheceu a saudade" e, por enquanto, não vi jeito melhor que encurtar a distância do que por ele, a não ser lógico pessoalmente!

O ponto alto do dia foi o almoço preparado com esmero pela minha Nininha. Por sorte acabei filmando o arremate do prato. Confiram aqui como ficou o peixe ao forno, regado posteriormente com azeite, alecrim e alho:


Legenda da hora que o exaustor tava ligado: "Nooss...Ai o Lucão pira..."

Não é um amor a Manu? E boa cozinheira também!!!

Fim do final de semana prolongado chegando... bonne chance a tous! 

À tout à l'heure!

sábado, 19 de maio de 2012

MELHORES MOMENTOS MARTINS + ORPINELLI + ALBIERO

Bonsoir!

Como temos muitas fotos de nossos primeiros visitantes, resolvemos montar um video com os melhores momentos, portanto, sem mais delongas, aí vai:


Que os Martins Orpinelli sejam apenas os primeiros de muitos amigos e familiares a nos visitar!!!

Voltem sempre!

À tout à l'heure!

DIA DE DOMINGO


Fato: a previsão do tempo aqui também não funciona! Estamos no meio de um fim de semana prolongado aqui na França. Foi feriado quinta, dia 17, e a emendamos até segunda. Na quarta à noite demos uma olhada na previsão do tempo, já que tínhamos 4 dias pela frente. Más notícias... o único dia com sol seria a quinta, mas já na mesma noite começaria a chover e só pararia no domingo. Tudo bem que entre sol e céu nublado. Mas hoje (um dos piores dias da previsão), fomos presenteados com um sol fantástico!

Acordamos cedo (+/- né?!, hoje é sábado...) e fomos caminhar / correr no parque. Em inglês, fazer exercício é chique... fizemos hiking e jogging... rsrs. Não tem como não fazer isso, a natureza próxima e esplendorosa nos inpsira! Vejam se estamos exagerando:









Essas fotos são do Parc de Vittel, onde fomos caminhar e correr hoje. Mas se optarmos pelo sentido contrário, a natureza muda de cor, mas permanece igualmente bela. Vejam só, ou melhor, escutem que delícia:








E tudo isso, mais ou menos no meio do nada, com segurança total (ou pelo menos é o que parece até agora...) tem casa que nem tem garagem e já vimos casas que tem mas os moradores as usam para guardar bicicletas, brinquedos das crianças e outras tralhas que não ficam bem dentro da casa propriamente dita... Pra exemplificar um videozinho...


Na volta da nossa caminhada, fizemos uma das coisas que adoro. Compramos nossa comida numa feirinha, atravessando a rua de casa, e cozinhamos na mesma hora! Finalmente estreamos o presente da Ligia e do Brunão! 





O menu foi côte d'agneau (costeleta de cordeiro... hummm!!!), acompanhado por arroz branco e uma salada deliciosa feita pelo meu amor.




Bom, pra não falar que a previsão do tempo estava de todo errada, acabaram de pingar algumas gotas aqui, mas já parou e já é quase noite...

A+!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

VERÁS QUE O FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA!


Pago pau pra brasileiro. Acho que Joaquim Osorio não tinha idea do que representaria o verso “Verás que o filho teu não foge à luta”! Não sei se o cara o escreveu pensando em tudo o que passou o Brasil, ou melhor seu povo, até meados do século 17, mas fato é que esse verso pode ser o resumo da vida de muita gente que nasceu na terrinha. Pra falar a verdade, de um modo ou de outro, de todos mesmo.

Senti muito que não fugimos à luta quando os pais da Manu foram embora. Passamos um final de semana arregaçador (para não perder o costume!). Conhecemos juntos Épinal e uma parte de Vittel que a Manu e eu ainda não conhecíamos. Almoçamos e jantamos em restaurantes muito bons e outros nem tão bons assim, mas que renderam muitas risadas e um péssimo enjôo coletivo, ainda à mesa, quando decidimos pedir uma iguaria de Vosges (nome da região em que estamos). A Andouillette, um tipo de linguiça. Quem tiver curiosidade – e estômago – é só digitar a tal palavra no Google pra ver o que passamos. O mais importante do fim de semana, é que ficamos quase que 24h todos os dias. Por não termos espaço suficiente (ou melhor, água quente, para  6 pessoas todos os dias) eles acabaram ficando num hotel. Mas chegavam em casa por volta das 10h para tomarmos juntos o “petit dejeuner” e entre passeios, conversas e demais refeições, nos despedíamos quase meia noite.

E assim fizemos por 2 dias e uma noite, até o café da manhã da segunda 14/05, dia que eles partiram. A mesa foi posta exatamente como nas demais ocasiões em que nos reunimos em torno dela, e o que havia para comer era basicamente o que todos haviam comido das outras vezes. Mas a presença de um intruso incomodava não só a mim, mas todos os presentes, tenho certeza. O sentimento de perda, que logo viria à tona, no adeus, ou até breve que aconteceria minutos depois de nosso desjejum. Aquela alegria por ter todos ali, misturada com uma tristeza por não saber quando os veríamos de novo, a não ser pela tela do computador. O não poder mais abraçar e olhar nos olhos, e nem ouvir a voz com clareza, sem passar pelo delay do Skype.

Eu já tava sentindo isso desde o domingo à noite. E na segunda, enquanto tomava banho, pensei no nosso hino. Verás que o filho teu não foge à luta. Não havia escapatória, a não ser passar pela despedida. E pensei que não fugimos à luta mesmo! Caraca... viajamos um oceano para um sonho que nem sabíamos como ia ser e deixamos para trás duas vidas, 4 ou mais famílias e muitos, muitos amigos que esperamos reencontrar em breve! Graças à Deus (e isso já tinhamos uma enorme certeza!), tudo está acontecendo da melhor maneira possível, tanto no trabalho quanto na nossa vida pessoal. Qualidade de vida então nem se fala. Mas poderíamos (e ainda podemos – estou agora batendo na madeira agora!) cair nos 50% do “pode dar errado”. E encaramos tudo com alegria, com força de vontade, uma pitada de nervosismo, uma boa colher de estresse e ansiedade à gosto. E cá estamos!

E fiquei pensando em cada uma dos brasileiros, que faz a mesma coisa todos os dias. Não exatamente viajar para outro continente, mas fazer faculdade enquanto trabalha, mudar de área, fazer casamento junto com mestrado, prestar cursinho pra concurso público depois de formado, isso só falando em coisas boas... Mas pensei também nos caras que madrugam para pegar o metro da Zona Leste pro centro de São Paulo todos os dias, enfrentar um trajeto sub-humano, e voltam pra casa depois que os filhos já estão na cama, e ainda não ganham o suficiente para sustentá-los. Verás que o filho teu não foge à luta.

E tem mais. Os brasileiros fazem isso com cabeça erguida, com sorriso no rosto, brincando e cantando o dia inteiro (mesmo que isso custe para nós aqui ficar ouvindo nas rádios locais “Ai se eu te pego...” e “Tchê tcherere tchê tchê, tcherere, tchê tchê, tchererêtchê, tchê, tchê...”). Driblam as situações com o maior jogo de cintura e encaram de frente os perrengues e vermelhos de conta fazendo piada. Claro que uns levam na flauta mesmo e acabam perdendo o controle, e se endividando e todos sabem o fim da história, e outros exageram nas brincadeiras e acabam denigrindo nossa imagem fora do país. Mas o que importa é que alegria é a nossa marca, e exportar brasileiros vai ser tão comum quanto pedir um pãozinho na padaria para o café da manhã.

É... acho que definitivamente Joaquim Osorio Duque Estrada, o compositor do Hino Nacional, nem sequer imaginava o que vinha pela frente...

domingo, 13 de maio de 2012

MEU PRESENTE DE DIA DAS MÃES


Há exatamente 30 anos, em uma pequena cidade do interior de São Paulo, uma jovem comemorava pela primeira vez uma data especial diferente: a plenitude da maternidade! A celebração foi ainda maior porque foi necessário passar por um pequeno tratamento e buscar ajuda profissional em Campinas! 

É surpreendente ver tudo o que ela conquistou! E sua infancia e adolescencia devem ter sido, pelo mesno em termos de família, um pouco solitárias, já que ela foi a caçula de uma família que já estava formada, chegando 10 anos após sua irmã... mesmo assim, ainda na faculdade, ela já dava aulas particulares num pequeno ranchinho encostado à casa do meu avô!

Minha mãe faz! Ela não espera pedirem ajuda. Mesmo que isso custe algumas (e em alguns casos muitas!) dores no corpo e longas sessões de fisioterapia! Ela não se oferece para ir, ela vai! E sua presença ilumina o ambiente e seu trabalho minimiza infinitamente  tudo o que precisava ser feito!

Ela se dedica, e sempre se dedicou, a tudo o que faz, mas principalmente às pessoas que a rodeiam, mesmo que tivesse que deixar de lado sonhos e aspirações pessoais para ver nossa felicidade!

É impossível contar quantos alunos, de todas as idades, nas ocasiões mais improváveis, encontram a Dona Gaino em restaurantes, praças, missas, lojas, andando na rua e agradecem imensamente por tudo o que ela fez, por tudo o que ela ensionou e como suas vidas seriam diferentes se ela não tivesse passado por elas. Eu mesmo tive o privilégio de aprender Português – e muito bem! – com ela. Infelizmente foi numa época em que a impulsividade da adolescência falava mais alto, o que gerou muitos conflitos. E ela foi sábia o suficiente para entender que aquilo era apenas uma fase...

O fato de eu estar morando hoje na França muito se deve aos incontáveis empurrões que ela me deu. O famoso “peça pro Anjo e vai” começou bem cedo: logo aos 7 anos, foi ela quem fez um mapa, com nomes de ruas, pontos de referencias e cheio de explicações para eu chegar da minha casa ao clube (o que significava simplesmente ir até a esquina de casa, virar à direita e andar até o clube!); na oitava série, ela foi forte quando chegou ao hospital e me viu falando e cuspindo sangue ao mesmo tempo, depois de ter batido num carro de bicicleta e quebrado o maxilar; no terceiro colegial, após mais de 6 meses choramingando pela saudade, a distância, as dificuldades, foi ela quem me chacoalhou para começar a encarar a vida de frente e aproveitar tudo o que a oportunidade e a cidade de Campinas ofereciam; até para namorar ela deu uma força, sem nenhum ciúme, ajudando a dar flores para a Manu (leia-se muitas vezes pagando também!). Quando as coisas aqui da França já estavam quase certas e já era hora de contar para pais e amigos, pensei primeiro em como ela ficaria, mas ela me surpreendeu curitndo cada fase: a viagem da entrevista, a mudança e, por fim, nos levando até o aeroporto, deixando predominar o orgulho pelo meu sonho conquistado sobre a tristeza de me ver partir!

A saudade hoje é grande, mas por tudo o que vi, aprendi a deixa-la quietinha, em banho maria, e tira-la um pouco de foco, para poder aproveitar os lugares por onde passei e conhecer pessoas e coisas novas! Mas muito disso se deve ao fato de saber que, lá na mesma pequena cidade do interior de São Paulo, existe uma pessoinha muito amada, torcendo, rezando e abençoando cada passo que se dá ao longe!

Mamma, te amo sempre, incondicionalmente!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SAIDEIRA!

Bonsoir a tous!

Hoje foi um dia daqueles!

E como todo dia "daqueles" repleto de boas e más (que também podem ser boas!) surpresas!

BAD NEWS!
Pra começar, minha sina bateu à porta antes do esperado: hoje foi anunciado que meu chefe mudará de posição e em breve deixará a França. E o cara é legal! Daqueles que te inspiram a trabalhar e se desenvolver (fato raro hoje em dia na maioria de tudo quanto é trabalho...).

Perder uma pessoa tão bacana, por outro lado, pode significar muita coisa: primeiro, faz parte... segundo, parece que o sistema funciona... e tem muita gente saindo e chegando (como eu!). Terceiro: daqui algum tempo, as pessoas que acabaram de ser promovidas, devem pleitear novas promoções, o que em teoria, abrirá portas para pessoas como eu, que acabaram de chegar! NOT THAT BAD NEWS!


E finalmente as GOOD NEWS! Very good news indeed!!!

Tivemos duas coisas maravilhosas hoje! Foi organizado pela empresa, em sua própria cafeteria, uma recepção para nós! Todos os estrangeiros foram convidados a participar e também a trazer suas esposas para conhecer a Manu! Cada um levou um prato + suco! Nos sentimos super acolhidos e o ambiente foi ótimo, com italianos, americanos, alemães, canadenses e nós brazucas! Somo nozes!

E mais tarde recebemos nossos primeiros visitantes!!! Eeeee!!!


Família Martins + Orpinelli!!!


Como o Du e a Gabi estão morando em Londres, os pais da Manu (Eugenio e Susan) foram visita-los! E por que não uma passada por aqui?! Pois bem!

Tudo resultou em um excelente jantar no restaurante L'Appart, onde conhecemos o proprietário e pudemos apreciar as iguarias da culinária francesa!


Tudo começou com um "aperitif", um Pinot Gris, vinhedo adocicado e ótimo para começar a refeição, acompanhado de uma gentileza do dono, uma pequena entrada como vcs podem ver na foto!!!

Depois de Manu e eu gastarmos todo nosso francês, traduzindo cardápio, apresentado a família ao dono (o lugar não tem mais que 5 mesas e é muito bem atendido!), e elogiando cada momento da refeição, voila! Fomos presenteados com uma champagne!!!


Portanto, amigos e parentes, já sabem qual será o próximo destino né?!


PS: tinha que ter um motoboy...

Au revoir!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

UM CHURRASCO DIFERENTE!


Logo em nossa chegada, fomos perguntados sobre nossos planos para o fim de semana (viajamos quinta e chegamos aqui na sexta). A resposta foi mais que imediata: dormir, dormir, dormir, comer, dormir, dormir, comer e assim por diante.

Para nossa supresa, fomos convidados para um churrasco na casa de um colega de trabalho. E claro, cansaço a parte, queríamos saber como seria um churras franco-alemão (ele é alemão).

Dirigimos até Épinal, meia hora de Vittel, com tempinho de chuva... detalhe para as plantações de flor, que acreditamos serem usadas para fazer azeite...







Acabamos chegando bem mais cedo que o combinado e mais uma vez Deus deu aquela forcinha... ao tentar procurar pela casa em que aconteceria o churras, avistamos 3 pessoas de bicicleta vindo em nossa direção. Um deles parecia o irmão mais velho, os outros dois eram crianças. Ao aproximarem-se mais do carro, percebemos que era o meu colega com dois de seus filhos e ficamos muito sem graça, ainda mais quando ele emendou “Nossa, vcs chegaram BEM cedo!”. Mas ele acabou por nos indicar um mercado bem próximo e fizemos nossa primeira compra! Itens de higiene pessoal, limpeza e comidas, principalmente para o café da manhã e jantar do dia seguinte. Destaque para o preço da Nutella: €1.79 o pote de 750g!!!! (Toma Netão!!!)


Na pressa, acabamos por esquecer do básico: temperos, açúcar, azeite, e o macarrão do dia seguinte ficou aquela delícia sem tempero.


Pelo menos tínhamos vinho, croissants e terrines para acompanhar!

Bom, mas vamos ao evento de fato. O churrasco mesmo começou perto das 20h. Até lá, tomamos um café da tarde com a família (até então não sabíamos, mas o churras foi só para nós e a família dele!), fomos até um lugar bem inusitado, uma ponte por onde passa um rio, e por baixo dela passa outro rio. Ainda não temos foto, mas em breve postaremos! No caminho, as crianças foram conosco. Figuras... Como já mencionado, mais uma vez nosso amigo Michel (o Teló) esteve presente.

Na volta, as crianças já nos tinham como amigos, mostravam tudo o que estava ao nosso redor... pinturas, trabalhos com massinha, e podemos chamar de trabalho mesmo: eram réplicas de dinossauros feitas com base num livro passo a passo, e perfeitas! Tudo fruto da TV DESLIGADA o tempo todo, o que dá às crianças tempo de sobra para desenvolver a imaginação e as brincadeiras.

O churras contou com 2 tipos de linguiça, frango (grelhado no microondas!!!) e carne de porco!


O que mais nos chamou a atenção é foi a naturalidade da família enquanto estávamos lá. Tiraram lixo, a mãe foi correr, nos mostraram em Atlas onde estávamos na França e o que tinha ao redor... e nada de TV! Muito bom!

Por hoje é só!