Há exatamente 30 anos, em uma
pequena cidade do interior de São Paulo, uma jovem comemorava pela primeira vez
uma data especial diferente: a plenitude da maternidade! A celebração foi ainda
maior porque foi necessário passar por um pequeno tratamento e buscar ajuda
profissional em Campinas!
É surpreendente ver tudo o que
ela conquistou! E sua infancia e adolescencia devem ter sido, pelo mesno em
termos de família, um pouco solitárias, já que ela foi a caçula de uma família
que já estava formada, chegando 10 anos após sua irmã... mesmo assim, ainda na
faculdade, ela já dava aulas particulares num pequeno ranchinho encostado à
casa do meu avô!
Minha mãe faz! Ela não espera
pedirem ajuda. Mesmo que isso custe algumas (e em alguns casos muitas!) dores
no corpo e longas sessões de fisioterapia! Ela não se oferece para ir, ela
vai! E sua presença ilumina o ambiente e seu trabalho minimiza infinitamente tudo o que precisava ser feito!
Ela se dedica, e sempre se
dedicou, a tudo o que faz, mas principalmente às pessoas que a rodeiam, mesmo
que tivesse que deixar de lado sonhos e aspirações pessoais para ver nossa
felicidade!
É impossível contar quantos
alunos, de todas as idades, nas ocasiões mais improváveis, encontram a Dona
Gaino em restaurantes, praças, missas, lojas, andando na rua e agradecem
imensamente por tudo o que ela fez, por tudo o que ela ensionou e como suas
vidas seriam diferentes se ela não tivesse passado por elas. Eu mesmo tive o privilégio de
aprender Português – e muito bem! – com ela. Infelizmente foi numa época em que
a impulsividade da adolescência falava mais alto, o que gerou muitos conflitos.
E ela foi sábia o suficiente para entender que aquilo era apenas uma fase...
O fato de eu estar morando hoje
na França muito se deve aos incontáveis empurrões que ela me deu. O famoso “peça
pro Anjo e vai” começou bem cedo: logo aos 7 anos, foi ela quem fez um mapa,
com nomes de ruas, pontos de referencias e cheio de explicações para eu chegar
da minha casa ao clube (o que significava simplesmente ir até a esquina de
casa, virar à direita e andar até o clube!); na oitava série, ela foi forte
quando chegou ao hospital e me viu falando e cuspindo sangue ao mesmo tempo,
depois de ter batido num carro de bicicleta e quebrado o maxilar; no terceiro
colegial, após mais de 6 meses choramingando pela saudade, a distância, as
dificuldades, foi ela quem me chacoalhou para começar a encarar a vida de
frente e aproveitar tudo o que a oportunidade e a cidade de Campinas ofereciam;
até para namorar ela deu uma força, sem nenhum ciúme, ajudando a dar flores
para a Manu (leia-se muitas vezes pagando também!). Quando as coisas aqui da
França já estavam quase certas e já era hora de contar para pais e amigos,
pensei primeiro em como ela ficaria, mas ela me surpreendeu curitndo cada fase:
a viagem da entrevista, a mudança e, por fim, nos levando até o aeroporto,
deixando predominar o orgulho pelo meu sonho conquistado sobre a tristeza de me
ver partir!
A saudade hoje é grande, mas por
tudo o que vi, aprendi a deixa-la quietinha, em banho maria, e tira-la um pouco
de foco, para poder aproveitar os lugares por onde passei e conhecer pessoas e
coisas novas! Mas muito disso se deve ao fato de saber que, lá na mesma pequena
cidade do interior de São Paulo, existe uma pessoinha muito amada, torcendo,
rezando e abençoando cada passo que se dá ao longe!
Mamma, te amo sempre,
incondicionalmente!
FILHO querido!
ResponderExcluirDeixei para lhe falar hj, pensando que seria mais fácil, mas é impossível não permitir que as lágrimas venham à tona.
Isto é mais que um presente, né?!
Poderia escrever tts coisas, falar... mas não mensuraria a minha gratidão por palavras tão belas e significativas, pq sei que brotaram do seu coração tão maravilhoso.
Obrigada pelo filho que é. Agradeço sempre a Deus a graça que Ele me deu de poder educar vcs(a Dé junto, claro) e serem agora pessoas GENTE, SER HUMANO que sabem o valor das coisas e principalmente das pessoas. É aquilo que sempre digo:"sem MIM nada podeis fazer". É isso.
Que presente! Que filho! Que palavras!
OBRIGAda, MEU AMOR. BjOS.
TE AMO. Que Deus o abençoe e a Manu tb.
Mama
Lu agora é minha vez de contar que voce me fez cair bonitono choro, mas quero ver um proximotema maia dificil, pq falar da dona Gaino é facil, eu mesma ja a emprestei de vocês como tia, mãe, substituta, ela é foda. E eu ja disse e vou dizer de novo, tudo q ela viveu junto e misturado nos ultimos meses nao é pra qualquer um!
ResponderExcluirMil bjos pra vcs dois e pra tia Gaino, continue escrevendo amo muito vcs!
Van, você tem toda razão!
ResponderExcluirMas ainda to engatinhando na arte da escrita... de vez em quando vai ter alguma coisa boa!
Comente sempre que puder, de cara limpa e sinceramente, para eu poder lapidar os textos e melhorá-los continuamente!
Bjos