A SAGA DA CAIXA

Nas semanas anteriores à nossa viagem, tentamos nos despedir do máximo de pessoas possível. Uma dessas despedidas aconteceu na casa do Brunão, um bom churrasco, bem brasileiro e com um toque profissional do nosso chef...

O encontro foi ótimo com quase todos os “irmãos” presentes, e sem aquela sensação de perda ou de tristeza pairando sobre nós, ao menos até as despedidas de fato.

Em dado momento, após o sol se pôr, a Manu e eu estávamos estratégicamente posicionados para sermos surpreendidos: entre o balcão e a churrasqueira. De repente, toda a galera estava à nossa volta, aguardando um momento mágico: a entrega da caixa. Uma caixa normal, de papelão, muito bem fechada com um fita da 3M, que acreditamos ter sido ideia do Zoppinho.

Ao recebê-la, duas recomendações: só poderíamos abri-la em nosso novo lar e ao faze-lo, teríamos que registrar o momento com um filme.

Ficamos felizes com o presente, porém curiosos que somos, com uma vontade imensa de infringir o prometido. Vontade essa que apenas cresceu nos próximos dias por motivos óbvios, já que queríamos saber o que nossos melhores amigos tinham preparado, mas também porque a caixa tornou-se, de certo modo, um problema: a cada dia juntávamos mais e mais coisas para trazer para a França e abrir a caixa e distribuir o que tinha dentro parecia – e era – a solução mais lógica a ser tomada, mas não a mais emocionante!

Com 4 bagagens a serem despachadas, mais 2 de mão e uma mochila, a caixa nos acompanhou a todo momento. O primeiro deles foi viajar de Araras a São Paulo, no meu colo, de carona com a Dé e o Neto. O segundo, foi descer carregada 12 andares, já que no momento em que estávamos indo para o aeroporto faltou energia no prédio e tivemos que desce-la no muque. O terceiro foi passar pelo crivo da agente de check-in para poder embarcar conosco. 

Já dentro do avião, ficou quietinha em um compartimento exclusivo para ela, enquanto nós, mesmo na classe executiva, não podíamos assistir TV, porque as nossas estavam com problema. 

E finalmente, o momento mais difícil foi ser transportada entre trens, com todas as outras bagagens e só duas pessoas para carrega-las.

Porém, todo o esforço valeu demais. Após me apresentar no escritório e ser guiado pelo meu gerente até nosso primeiro apartamento, ela aguardou uma rápida procura por um adaptador, afinal, não sabíamos até que horas as lojas ficariam abertas e já eram quase 5 da tarde!

Já de volta ao ap, bonito e aconchegante por sinal, com uma sala de estar e jantar juntas, uma pequena cozinha e um bom quarto de casal, além de 2 banheiros – um com o vaso apenas e outro com uma pia, uma banheira e uma ducha, pudemos, enfim, abrir nosso valioso presente!

E dentro dele, pudemos nos aproximar novamente de nossos grandes amigos, pois, sem saber, havíamos trazidos um pedacinho de cada um deles para junto de nós: uma caneca, uma Nossa Senhora Aparecida, uma cachaça, havaianas para cada um de nós, CD, DVD, avental, livro, cartões postais de São Paulo, e o que mais nos emocionou: um caderno com fotos dos nossos amigos conosco na capa e contra-capa e um recado de cada um deles nas primeiras páginas, os quais roubaram algumas lágrimas teimosas em cair.

(como o vídeo ficou muito pesado pelo blogger, postamos no youtube...)

http://youtu.be/f44MHzEtYbs

Amigo é aquele que ama e surpreende! Fomos mais que surpreendidos com todos esses presentes! Fomos surpreendidos pelo amor transformado em palavras e pela grandiosidade do gesto.

Amamos vcs! Long life the brotherhood!